domingo, 10 de maio de 2009

1ª rodada: Avaí 2 x 2 Atlético


Neste sábado começou o Campeonato Brasileiro 2009, equipes das Séries A e B estrearam na competição nacional. Ontem um dos jogos que abriu a Primeira Divisão Nacional foi Avaí e Atlético. Para um desinformado que assistiu a partida, teve ter pensado que estava passando um jogo de Série B. Horrível, essa foi a palavra que definiu ontem. As duas equipes fizeram uma péssima partida, com nível técnico baixíssimo e jogadas vergonhosas. Resultado final: 2 a 2.

O placar foi ruim para os catarinenses. O Avaí chegou a abrir 2 a 0 e por muito pouco não foi aplicando uma goleada em cima dos mineiros. Os jogadores atleticanos fizeram uma partida no mínimo medíocre, errando muitos passes, cruzamentos e raramente finalizando. O Galo só conseguiu chegar ao empate depois de uma mãozinha de Celso Roth. O treinador trocou o 3-5-2 por um arriscadíssimo 4-3-3 e conseguiu equalizar o placar e garantir ao Atlético seu primeiro ponto na competição.

O Avaí começou avassalador e foi com tudo para cima do Galo. O novo esquema atleticano de três zagueiros não foi eficiente. Com o objetivo principal de soltar os laterais e deixar as jogadas de criação para Fabiano, o Atlético não conseguiu fazer quase nada no primeiro jogo. A marcação catarinense era forte e o camisa 10 alvinegro não conseguia lançar Éder Luís e Tardelli, os obrigando a terem que voltar para buscar a bola.

A primeira jogada de perigo do Galo foi um lance individual - para variar - do atacante Éder Luís, o velocista invadiu a área dos alvicelestes, deu um belo corte e quando estava perto da pequena área e em boa posição para chutar, tentou dar mais um drible e foi desarmado. O jogador tomou uma broca de Roth, pois poderia ter passado a bola para outros atleticanos.

Os donos da casa tinha um bom volume de jogo mas erravam muitos passes. Aos 25 minutos, Oldair correu livre pela esquerda, girou e arriscou um chute, a bola atravessou a área atleticana e Evando surpreendeu Werley desviando a pelota para o fundo das redes, 1 a 0. O gol foi marcante para a história do time, desde o Campeonato Brasileiro de 1979 que o Avaí não marcava um gol na Série A.

Depois que passou à frente no placar, os catarinenses ficaram mais cautelosos e começaram a se livrar da bola, pois mesmo vencendo a partida, os jogadores sabiam da superioridade técnica do Atlético e em uma jogada simples, os mineiros poderiam resolver o jogo. Alguns minutos depois de sofrer o gol, o Galo quase empatou a partida em mais uma jogada individual de Éder Luís. O camisa 11 partiu em velocidade pela ponta direita, ganhou dos zagueiros na corrida e arriscou um chute que por muito pouco não entrou. Ainda no finalzinho do primeiro tempo, Oldair saiu machucado de campo e foi substituído por Ricardinho.

Para a segunda etapa, o Galo voltou com outra postura. Logo no ínicio, Júnior cruzou rasteiro para Élder Granja que por muito pouco não igualou o placar, o goleiro Eduardo Martini apareceu surpreendendo e fez o abafa na bola.

Mas o que parecia ser o começo de uma reação, foi por água a baixo. Aos 13 minutos, Muriqui pegou a sobra de uma bola mal rebatida por Leandro Almeida e partiu em velocidade na direção do gol, o atacante chutou forte sem chances para Juninho e ampliou o placar, 2 a 0. Pouco tempo depois quase que os catarinenses não aplicam uma goleada, deu-se início a uma caravana de chances do Avaí. A mais perigosa delas foi um cruzamento de Evando para William que tocou de letra para gol, mas foi pressionado por Welton Felipe que mandou a bola para escanteio.

Devido ao sufuco que seu time passava, o técnico Celso Roth decidiu mudar a formação da equipe, que jogava no 3-5-2 para um 4-3-3. O treinador tirou Werley e Fabiano e colocou nos seus lugares Thiago Feltri e Alessandro. Assim, ele deslocou Júnior para o meio de campo e deixou Feltri na lateral esquerda, o Galo ficou mais ofensivo ainda com Tardelli, Éder e Alessandro no ataque.

O Avaí começou a administrar a partida, confiando na sua vitória, mas esqueceu de um detalhe, que mesmo com o Atlético jogando mal, ele sempre será o Clube Atlético Mineiro e sempre será maior do que o Avaí, em qualquer circunstância.

Em lançamento da ponta esquerda, Márcio Araújo achou o Alessandro na área, que matou a bola no peito deslocando o zagueiro adversário e chutou no canto esquerdo de Martini, diminuindo a vantagem alviceleste aos 25 minutos, 2 a 1.

Era tudo que o Galo precisava! O técnico Celso Roth percebeu o bom momento do time e colocou Carlos Alberto no lugar de Élder Granja que estava desligado no jogo, errando muitos passes e fazendo uma péssima partida e improvisou o volante na lateral direita. Mais uma vez com uma mãozinha de Roth, o Galo consegui chegar ao empate. C. Alberto que tinha acabado de entrar no jogo cruzou para Diego Tardelli (não marca gol há 5 jogos), apagadíssimo no jogo, que chutou rasteiro cruzado, a bola desviou na defesa e sobrou para Carlos Alberto empurrar para as redes e equalizar o placar, 2 a 2.

Aos 39 minutos faltou muito pouco para uma virada heróica. Júnior cruzou da esquerda para Alessandro que raspou de cabeça e a bola tocou o travessão, levando os atleticanos que estavam em Florianópolis a loucura! Fim de papo na Ressacada e tudo igual no placar.

-Melhor em campo: Alessandro (quando entrou no jogo, mudou o ritmo da equipe, marcou um gol e por muito pouco não virou a partida para 3 a 2. Merece a vaga de Éder Luís, que não está fazendo nada.)
-Pior em campo: Élder Granja (em apenas três jogos com a camisa atleticana já ganhou esse prêmio de "pior em campo". Simplismente errou tudo que tentou! passes, cruzamentos...foi um filme de terror.)

Por: Fernando Osório

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