O retorno de Celso Roth a Cidade do Galo acabou acontencendo. No início de ano, ainda no mês de janeiro, o nome do gaúcho chegou a ser cotado para assumir a equipe. Mas para a alegria da Massa, Kalil acabou contratando Émerson Leão. Porém na madrugada de hoje, o mesmo Alexandre Kalil, surpreendentemente demitiu Leão depois da perda do título estadual para o Cruzeiro. O que ninguém entendeu ainda, foi o motivo da demissão, já que o treinador tinha 71% de aproveitamento na temporada 2009 e apenas quatro derrotas em 23 jogos.
Celso Roth chega para assumir o Galo depois de seis anos. O comandante ficou a frente do alvinegro no ano de 2003, quando sob forte pressão da torcida acabou sendo demitido. Roth chega num momento complicado ao Clube. A torcida gostava muito de Leão e nunca teve bom relacionamento com o gaúcho, sem falar que já na quarta-feira, o Galo enfrenta o Vitória pelas oitavas de final da Copa do Brasil, precisando golear por 4 a 0 para avançar de fase.
O curioso é que em 2003, quando a torcida pedia a saída de Celso Roth, o treinador tinha aproveitamento de 64,2% e estava em 6º lugar no Brasileirão. Mas, o que mais pesou na demissão além da insatisfação da Massa, foi o fato do Galo ter perdido por 4 a 0 para o Sport na Copa do Brasil, ter sido derrotado pelo Fortaleza por 4 a 3 e acima de tudo, do rival Cruzeiro ter vencido o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil e ser líder do Campeonato Brasileiro. Na sua apresentação, Roth comentou sua demissão na época:
- Quando fui chamado pelo presidente daquele momento, me foi dito que o Atlético deveria estar na mesma situação do Cruzeiro. - revelou.
O último trabalho de Celso Roth como técnico foi no Grêmio. O treinador foi vice-campeão Brasileiro de 2008 com a equipe gaúcha e classificou a equipe para a Libertadores. Ainda no comando do Tricolor, Roth disputou o Campeonato Gaúcho, mas uma sequência de revés sobre o rival Internacional e assim como aconteceu no Atlético, uma forte pressão da torcida para a demissão do gaúcho, provocou a queda de Celso Roth. Ao comentar sobre tais "problemas" com os torcedores, tanto no Galo, quanto no Grêmio, o novo comandante atleticano falou que essa é uma realidade atual do futebol brasileiro.
- Infelizmente, está se tornando praxe, não para mim Celso Roth. É a normalidade do profissional. Quando se ganha, se gosta. Quando não se ganha, não se gosta - concluiu.
Por: Fernando Osório
Entrevistas: www.superesportes.com.br
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