Na tarde desse domingo (15/02), mais um clássico mineiro foi disputado, e quem levou a melhor foi a raposa. O time celeste agora se isolou na liderança do Campeonato Mineiro, chegando aos 15 pontos, já o Galo caiu de 4º para 6º lugar, permanecendo com 8 pontos. O Cruzeiro agora volta suas atenções para a Copa Libertadores, na quinta-feira ás 19h:15m a raposa enfrenta o Estudiantes de La Plata. O Galo agora viaja a Sergipe para enfrentar o Itabaiana na primeira fase da Copa do Brasil.
O jogo foi marcado por vários detalhes que poderiam ter alterado o placar. Os atleticanos reclamaram muito de um pênalti claro, não marcado pelo péssimo Alício Pena Júnior logo aos 5 minutos, a expulsão de Welton Felipe que recebeu o primeiro cartão amarelo injustamente e muitos outros lances que foram muito questionáveis durante o decorrer da partida.
Depois da derrota de ontem o Galo completou 10 jogos sem vencer o Cruzeiro. Já são quase dois anos sem vitória contra o arqui-rival, a última vez que isso aconteceu foi no dia 29 de abril de 2007 na final do Campeonato Mineiro daquele ano, onde o Galo goleou por 4 a 0.
Para quem esperava um show de Ramires pelo Cruzeiro e de Diego Tardelli pelo Galo não foi muito feliz, mesmo que os dois tenham marcado gol para ambas as partes, estes foram personagens que pouco apareceram no jogo em geral.
O clássico começou quente. Logo aos 5 minutos de jogo, o volante Carlos Alberto chegou em velocidade a aréa celeste e quando se preparou para armar o chute, foi descaradamente empurrado por Léo Fortunato sofrendo um pênalti claríssimo, que a vergonha para o estado de Minas Gerais, o árbitro Alício Pena Júnior não marcou. Alguns minutos depois, foi a vez do Cruzeiro atacar. O atacante Thiago Ribeiro partiu em velocidade pela ponta direita e cruzou para Ramires que livre de marcação chutou para o gol mas acertou a trave de Juninho.
Por volta dos 18 minutos de jogo, a partida estava equilibrada, ambas equipes jogavam com qualidade. Mas em um lance de infelicidade do artilheiro Diego Tardelli, que ao iniciar um contra-ataque foi desarmado por Jancarlos, que cruzou para a área, o goleiro Juninho falhou e passou da bola, que encontrou livre, Ramires. 1 a 0 para o Cruzeiro.
Com desvantagem no placar, o Galo, que fazia uma boa partida, começou a correr mais ainda. O gol parecia estar amadurecendo. Aos 22 minutos, o lateral Marcos Rocha cruzou bem para o camisa 10 alvinegro Yuri que estava livre de marcação, mas incrivelmente o garoto de apenas 19 anos conseguiu colocar para fora. O lateral esquerdo Júnior também quase fez o seu, aos 28 minutos, ao perceber que Fábio estava adiantado ela deu um arremate por cobertura pela ponta esquerda, mas o goleiro cruzeirense estava atento e mandou para fora.
A quantidade de gols perdidos pelo Galo era impressionante, aos 31, o zagueirão Leandro Almeida recebeu livre na área e chutou forte na trave. Nesse momento o Cruzeiro era nulo. Dois minutos depois, mais sofrimento, Éder Luís iniciou um contra-ataque, tocou para Marcos Rocha que lançou Tardelli na frente do gol, mas definitivamente não era o dia do Galo, o atacante que não costuma perder gols fáceis bateu para fora. E como todos sabemos: quem não faz leva.
Aos 37 minutos todas as esperanças alvinegras havia minguado. O xerifão da zaga Welton Felipe que já tinha um cartão amarelo, mal aplicado pelo "ladrão velho" Alício Pena Júnior, fez falta um pouco mais forte em Soares que partia em direção ao gol, resultado: recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Créditos para o "vagabundo" Alício Pena Júnior.
Aliás, há uma grande "coincidência" nessa Campeonato Mineiro 2009. O Cruzeiro já disputou 5 partidas e em todas elas o adversário teve um jogador expulso! Imagina se tem uma quadrilha montada para dar o título estadual ao Cruzeiro no apito, que absurdo...rsrs.
Mas a casa caiu mesmo aos 43 minutos, quando Soares invadiu a área, cortou Renan e chutou forte em direção ao gol, mas nas mãos de Juninho, que deixou a bola entrar. Um peru de primeira! As coisas estavam ficando pretas, ou melhor azuis, o Galo perdia por 2 a 0 com um jogador a menos e com a arbitragem favorecendo ao adversário, não por ser mal-intencionado mas por ser um péssimo árbitro que foi expulso do quadro da FIFA mais do que merecidamente.
Com vantagem no placar e no número de jogadores, o Cruzeiro voltou para o segundo tempo bem mais tranquilo e com maior posse de bola. Logo nos primeiros minutos, a torcida já gritava "olé". Leão tentou mudar a história do jogo deslocando Júnior para o meio-campo e colocando o horroroso Thiago Feltri - que não sabe cruzar nem cheque - na lateral esquerda no lugar do volante Renan. No primeiro tempo, Marcos já tinha entrado no lugar de Yuri para recompor a zaga.
O Galo passou a ter dificuldade para atacar, devido a menor quantidade numérica dentro de campo. As melhores chances foram celestes. Aos 9, Fernandinho chutou forte e Juninho defendeu bem. Pouco tempo depois, Soares perdeu um gol inacreditável, de frente para Juninho e com os ângulos abertos. Acabou substituído por Wellington Paulista, que também perdeu um gol incrível aos 29 minutos. O técnico Adílson Batista resolveu colocar o meia Wágner no lugar de Magrão com a idéia de dar maior qualidade ao meio-campo cruzeirense. Mas nada mudou, aliás o Cruzeiro caiu de produção após a entrada de tais jogadores.
Minutos depois, a chama alvinegra se reacendeu. Carlos Alberto partiu em direção ao gol e sofreu pênalti do goleiro Fábio que teoricamente deveria ter sido expulso, já que o jogador faria o gol, mas como o juiz era o Alício, o goleiro só recebeu cartão amarelo. Na cobrança o matador Diego Tardelli, ele deu a paradinha, Fábio caiu para um lado e Tardelli chutou no outro. Cruzeiro 2 a 1. A história do segundo tempo e do jogo começava a mudar.
Dois minutos depois do gol, o lateral Júnior que jogava improvisado no meio, cruzou para o artilheiro do Brasil, Diego Tardelli que por poucos centímetros não alcançou a bola e por pouco não empatava o jogo.
Há 5 minutos do fim, a torcida atleticana explodiu mais ainda. O atacante Thiago Ribeiro, cometeu uma falta boba no meio campo e acabou recebendo o segundo amarelo e sendo expulso. Aos 43 da etapa final, Márcio Araújo deu início a uma autêntica correria e saiu passando por todos os marcadores até ficar de frente a frente com Fábio - quando a torcida já preparava para gritar gol - e isolou a bola.
O "haja coração" durou até os 50 minutos, quando o patético Alício Pena Júnior encerrou a partida. Após o fim, muita reclamação dos atleticanos e principalmente de Leão e do presidente Alexandre Kalil. Fim de jogo Cruzeiro 2 x 1 Atlético, estrelando como ator coadjuvante Alício Pena Júnior.
Gostaria de deixar claro aos leitores que todos os adjetivos usados para se referir ao árbitro da partida que estavam em aspas foram palavras de Alexandre Kalil em sua entrevista coletiva após o fim da partida.
Melhor em campo: Leandro Almeida
Pior em campo: Juninho
Por: Fernando Osório
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